Fórum Municipal contra a Violência Doméstica reunido em Sessão Plenária

Destaque

O Fórum Municipal contra a Violência Doméstica realizou no dia 28 de junho, a sua reunião plenária na Fundação “O Século”. Estiveram presentes 34 técnicos de 25 organizações.

Após a abertura da sessão, a cargo de Filipa Pereira, dirigente da CMC, foi efetuada uma retrospetiva do caminho percorrido pelo Fórum nestes 20 anos de intervenção. Foram relembrados marcos históricos desse caminho que começou no final da década de 90, quando a problemática da Violência Doméstica surgiu ligada à igualdade de género, passando pela realização do diagnóstico em 2002, pelo primeiro Plano de Atividades em 2003 e pela criação do Espaço V no ano de 2008.

Foram revistos, igualmente, a implementação do programa contigo em 2010, as formações “Roteiro Rede Segura” entre os anos de 2013 e 2021, as campanhas comunicacionais dirigidas a mulheres e homens vítimas, sem esquecer a reconfiguração do Fórum ocorrida em 2016, a abertura em 2017 do apartamento de transição, o início do projeto preVio em 2018 e a inauguração da Casa Pilar em 2022.

Foi salientado, ainda, o crescimento do número de parceiros do Fórum, que começou com 10 parceiros, em abril de 2003, e hoje conta já com 42. Consulte a lista de parceiros aqui.

Conheça alguns números do Fórum Municipal contra a Violência Doméstica:

Esta reunião contou com a presença do consultor externo, Jorge Caldeira, da Estratégia Elementar, que apresentou a metodologia de elaboração do Plano Estratégico e Operacional 2022-2025 e apoiará o Fórum neste processo.

Nesse âmbito, os participantes, organizados em 5 grupos de trabalho, foram desafiados a fazerem uma análise SWOT tendo identificado os principais pontos fortes e fracos, as oportunidades e as ameaças.

Pontos fortes:

  1. Capacidade de inovação (criação de novas respostas ao longo dos anos);
  2. Existência, no concelho, de dois serviços especializados de apoio a vítimas;
  3. Violência Doméstica – área de investimento consolidada por parte da Câmara Municipal de Cascais ao nível técnico e político.

Pontos fracos:

  1. Insuficiente intervenção junto das pessoas idosas e com deficiência vítimas de Violência Doméstica;
  2. Rede de parceria densa – dispersão. Pouca clareza sobre o papel de cada parceiro.

Oportunidades:

  1. Reconhecimento e relevo da Violência Doméstica no desenho das políticas públicas;
  2. Maior combate público da Violência Doméstica e decorrente menor tolerância social;
  3. Cultura de trabalho em rede no concelho de Cascais, Rede Social, conhecimento entre organizações.

Ameaças:

  1. Demasiadas redes de parceria no concelho (sobrecarga institucional para técnicos das organizações);
  2. Exploração mediática de casos, veiculação de estereótipos, ideia de “ineficiência do sistema”.

Os participantes propuseram, também, algumas prioridades estratégias para a atuação do Fórum contra a Violência Doméstica.

A sessão foi encerrada pelo vereador Frederico Pinho de Almeida que referiu que é fundamental melhorar a comunicação nesta área, uma vez que continua a haver um desconhecimento por parte da comunidade civil da temática da Violência Doméstica. Salientou a importância de refletir sobre este tema e sobre a forma mais assertiva de o divulgar. Considerou, igualmente, o investimento na formação dos jovens e o reforço na prevenção essenciais.

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Isabel Ganilho