Mais de 70 profissionais de 18 Redes de Parceria estiveram reunidos, no dia 30 de novembro, na Fundação “O Século” a planearem as iniciativas para o ano de 2023.
A maioria das ações das organizações surge cada vez mais como produto deste trabalho colaborativo e em rede, envolvendo uma concertação entre organizações que atuam na mesma área e sobre as mesmas temáticas. É através deste esforço concertado que a Rede Social tem vindo a conseguir, ano após ano, um impacto positivo no desenvolvimento social de Cascais.
Expetativas dos profissionais
Antes do início dos trabalhos recolhemos algumas opiniões quanto às expectativas de alguns dos profissionais das Redes presentes.
“Espero que se encontrem respostas inovadoras face aos desafios emergentes decorrentes do diagnóstico social e que se reforce ainda mais este laço entre todos os profissionais da Rede Social”.
Helena Gonçalves, Núcleo Executivo do CLAS
“Conto no final do dia levar uma ideia melhor do planeamento estratégico. Como estou a começar quero perceber quais são as atividades e também como a Cercica pode contribuir para que a Rede fique mais forte”.
Edgar Pereira, Comissão Social de Freguesia Cascais/Estoril
“Esta iniciativa é um momento de partilha entre redes e espero que esta ação ajude no alinhamento com o Plano da Rede Social e de pensar o desenvolvimento social do nosso concelho através do contributo de cada Rede”.
Esmeralda Ferreira, Fórum Municipal Contra a Violência Doméstica
Do planeamento estratégico ao operacional
No sentido de se fazer face aos desafios do novo ano é fundamental um planeamento que permita mobilizar todos os recursos disponíveis da melhor forma possível, ao serviço das necessidades dos Cascalenses.
Neste trabalho de planeamento, a Rede Social convidou o formador Paulo Teixeira, da Logframe, com vista a estimular a reflexão crítica e a disponibilizar ferramentas práticas para a passagem do planeamento de nível estratégico para o nível operacional.
Para Paulo Teixeira planear estrategicamente é essencial para existir um alinhamento global na intervenção e por isso numa situação ideal “o plano estratégico das organizações deverá estar alinhado com o plano estratégico de desenvolvimento social de Cascais”. Afirma que “quando tudo é importante temos que priorizar as questões estratégicas” e que se deve “planear objetivos e áreas em que temos recursos e também naquelas em que não temos recursos”.
Na sua opinião, um processo de planeamento deve ser pensado do geral para o particular, do macro para o micro. Começar do diagnóstico, que é a realidade global, e depois definirem-se as mudanças que se querem fazer, sendo o caminho a percorrer a estratégica.
Em relação às iniciativas, o formador aconselha que “devem ter o seu foco na mudança e que devem estar centradas para as mudanças nos públicos-alvo”.
Dados da projeção do desenvolvimento social 2022
Susana Graça, técnica da equipa executiva da Rede Social e responsável pela Unidade de Planeamento e Avaliação apresentou os dados da projeção de desenvolvimento social 2022.
Assinalou que das iniciativas previstas para este ano 92 estão em execução, 18 concluídas, 13 por iniciar e 30 não se realizaram.
As áreas temáticas com mais iniciativas são as da pobreza e vulnerabilidade social (25 iniciativas implementadas pelas redes de parceria), a igualdade de oportunidades (24 iniciativas), o envelhecimento e incapacidade (20 iniciativas) e a participação e cidadania (19 iniciativas).
“Esta iniciativa é um importante espaço de partilha de dados, de conhecimento e de experiências. É também um momento único e precioso de trabalho colaborativo entre as Redes de Parceria” refere a técnica. Acrescenta dizendo que “neste dia de planeamento da Rede Social de Cascais, as Redes de Parceria trabalham com um foco comum, o desenvolvimento social do concelho, o que é imprescindível para que haja alinhamento da intervenção e de metodologias de trabalho e avaliação.”
Consulte toda a Projeção de 2022 aqui.
2 de Dezembro de 2022
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Isabel GanilhoDestaques
