O dia 18 de outubro marcou o início da 1ª Edição das Rotas da Participação da Rede Social de Cascais.
Esta iniciativa contou com a participação de 107 profissionais, 49 organizações sociais de Cascais e 22 redes de parceria e desenvolveu-se em formato de oficinas e um dia de teambuilding.
Cada profissional escolheu participar numa das quatro oficinas de formação prática que tiveram o propósito de potenciar a democracia colaborativa, reflexão, experimentação e aprendizagem, reforçar a cultura colaborativa e participativa da Rede Social. O dia de teambuilding congregou todos os participantes em dinâmicas de reforço da coesão e identidade da Rede.
A importância da Participação na Rede Social
A participação é um dos princípios do trabalho da Rede Social de Cascais. Através dos processos participativos a rede promove compromisso, coresponsabilização, aprendizagem, inovação, pertença, coesão e o fortalecimento da democracia participativa nas organizações sociais.
Em todas as oficinas, que se realizaram na Fundação o Século, os profissionais da Rede Social participaram em duas dinâmicas. No período da manhã, participaram no workshop intitulado como “Plano B”. Descrito como inquietante, permitiu desconstruir representações pré-concebidas e perceber de que existe liberdade e espaço de ação para fazer coisas diferentes e de forma diferente. Nesta missão de introduzir mudança social, importa ter a capacidade de compreender todo o ecossistema (o que implica fazer o exercício de distanciamento da ação que estamos a implementar).
O segundo momento das oficinas consistiu no mapeamento de práticas de participação existentes na rede. Neste exercício os participantes mapearam 40 boas praticas de participação e refletiram sobre os diferentes níveis de participação e os papeis que os profissionais e os munícipes assumem nesses processos. Em síntese:
- A participação tem diferentes níveis (intensidade, protagonismo e grau de influência)
- A cultura da organização influencia os níveis de participação que se implementam
- As Redes/Plataformas/Fóruns que compõem a Rede Social foram referenciados como exemplos onde existem as condições e os recursos para um espaço de co-decisão por parte das organizações
- Colocam-se desafios no aumento dos diferentes níveis de participação os munícipes.
Veja a galeria de fotos a seguir:
Teambuilding – O culminar de cinco dias de reflexão e partilha
O momento final das Rotas da Participação culminou com a realização do teambuilding que ocorreu dia 25 de outubro, no Seminário da Torre d´Aguilha. Estiveram presentes mais de 100 profissionais a refletir de forma dinâmica e interativa sobre os objetivos da Rede Social e o futuro. Terminou em contexto de grande energia positiva, entre todos profissionais das diversas organizações sociais, e contou com a presença do Vereador Frederico Pinho de Almeida e a Vereadora Joana Balsemão.
Veja a próxima galeria de fotos:
O que dizem os participantes sobre as Rotas da Participação?
• Os técnicos das organizações sociais
“As rotas da participação levaram-nos numa viagem rumo ao conhecimento das pessoas e das organizações! Estes são momentos críticos de capacitação, mas também para fomentar o trabalho em rede que é feito de relações humanas”.
Vanessa Mendes – Tese
“Esta iniciativa de democracia participativa permitiu um excelente momento de reflexão, partilha, entre as várias entidades, através de métodos “fora da caixa”.
Paula Cristina – Junta de Freguesia de S. Domingos de Rana
“Os momentos de reflexão dinamizados pela Rede Social permitem-nos desenvolver o nosso espírito crítico e conduzir as nossas organizações para um caminho de maior partilha e integração nos contextos atuais”.
Inês Deus – Centro Social Paroquial de S. Vicente de Alcabideche
“Precisamos de formações como a que experienciámos nas Rotas de Participação que nos ajudem a desconstruir a realidade tal como sempre a conhecemos, por forma a criar caminhos criativos, eficazes e que permitam a participação de todos os atores sociais, beneficiários, organizações e técnicos”.
Elsa Pereira – ABLA – Associação de Beneficência Luso-Alemã
• Núcleo Executivo do CLAS
“Participar nestas Rotas tendo como mote um assunto tão importante e premente, foi um desafio, um gosto e uma oportunidade de estarmos todos em grande espírito de descontração e de alegria, mas também a conhecermo-nos continuamente pois a Rede está em permanente mudança”.
Cecília Dioniso – Instituto da Segurança Social
“Oportunidade de conhecer outros parceiros e reforçar a importância do trabalho em parceria”.
Ana Cavalheiro – CRID – Centro de Reabilitação e Integração de Deficientes
• Produções Fixe (responsáveis pela dinamização desta iniciativa)
“Não vamos dar um peixe, porque vamos ensinar a pescar e o que praticamos nas Rotas não foi darmos o peixe nem ensinarmos a pescar, mas sim repensar o conceito de pescar” … “talvez não vamos mudar, mas vamos repensar. A participação muitas vezes não é criar oportunidades, mas eliminar obstáculos para participar”.
Jo Claeys
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