
António, com 93 anos, é natural de Viseu. Ao longo dos anos, trabalhou como pasteleiro, incluindo passagens pela Marinha e pelo Estoril Sol, antes de se reformar. A sua trajetória, marcada por uma profunda dedicação ao trabalho, é também repleta de paixões que o acompanharam ao longo da vida, como o teatro e o artesanato.
Uma paixão renovada e o prazer de atuar
O teatro tem sido uma das suas maiores fontes de alegria. Para António, atuar vai além da simples representação, é uma forma de encontrar prazer e uma vontade de viver renovada. O bom ambiente do grupo e a presença do encenador, que ele considera impecável, são elementos fundamentais para o seu envolvimento contínuo no teatro. “O teatro tem sido a minha paixão renovada”, diz com um sorriso.
A importância do grupo e o suporte dos colegas
O teatro trouxe-lhe, além da paixão pela arte, um profundo sentido de união. António destaca a importância dos colegas, não só como parceiros de cena, mas também como apoio psicológico constante. Para ele, essa disponibilidade permanente e o ambiente de camaradagem são essenciais para o seu bem-estar. “É uma honra fazer isto”, partilha.
O desafio da surdez
Durante os anos em que trabalhou como pasteleiro, o António perdeu a audição, um desafio que enfrentou com coragem. Mesmo assim, nunca deixou que a surdez o impedisse de viver plenamente.
Com a paixão pelo teatro, pelas artes e pelo convívio com os outros, António prova que a felicidade e a vontade de viver podem continuar a florescer com a idade.