Em 2017, eu estava grávida, quase a ter o meu segundo filho, quando o meu marido sofreu um acidente muito grave. Por causa do meu grande susto, quando o bebé nasceu teve de ser entubado e ficou em coma. Com o meu marido em casa, sem poder trabalhar e o meu filho no hospital eu acabei por ter uma depressão muito forte. Não queria sair de casa, não queria fazer nada, mas pensei que se não fizesse alguma coisa, não ia conseguir sair daquela situação.
Foi uma amiga que veio ajudar-me que me falou desta ajuda. Na minha vida já tinha ajudado outras pessoas, nunca fui orgulhosa, mas quando chegou a minha vez foi tudo novo, porque a gente nunca pensa que pode vir também a passar por este tipo de situações. Aprendi assim a estar do outro lado e a ser ajudada também. Foi algo de extraordinário, pois pude ver o amor, o carinho o afeto das pessoas. Deram-me todo o apoio, também na área da psicologia, estiveram sempre muito presentes, pois viram como eu tinha ficado muito, muito ruim mesmo. O apoio aqui na loja da AJU passou pelas roupinhas do bebé, leite, fraldas, levava um cabaz que ajudou muito. E hoje ainda hoje continuo a vir aqui fazer compras.
Não tenho família cá em Portugal, sou só eu, o meu marido e os meus filhos, mas o apoio que recebi aqui na AJU foi como se tivesse a minha família de sangue comigo. Era o que eles teriam feito por mim. Hoje o meu marido já está recuperado, a trabalhar e graças a Deus, está tudo certo.
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