O Plano de Iniciativas em zoom: conheça as medidas de apoio ao envelhecimento saudável

A Rede Social de Cascais inicia uma sequência de publicações que visa dar a conhecer domínios e propostas do Plano de Iniciativas de Desenvolvimento Social 2020-2023. Apesar de ter sido elaborado antes da pandemia de COVID-19, os seus objetivos e iniciativas revelam-se essenciais para fazer face ao contexto atual de crise e às suas consequências num futuro próximo. 

As iniciativas dirigidas à população idosa têm uma expressão importante no PI de Desenvolvimento Social 2020-2023. Este grupo populacional foi particularmente exposto a restrições durante a fase de confinamento, o que veio acentuar algumas problemáticas conhecidas como o isolamento, fragilidade económica, co-morbilidades ao nível da saúde e dependências funcionais.

As redes de parcerias que atuam na área do envelhecimento vão intervir com iniciativas que contribuem para concretizar medidas de combate ao isolamento, flexibilização de respostas adequadas à diversidade dos perfis de idosos , de apoio aos cuidadores informais e de introdução de soluções tecnológicas para a inclusão e participação. 

As iniciativas de combate ao isolamento prevêem formação de voluntários para acompanhar idosos, atividades culturais e desportivas adequadas a pessoas com dependência. Haverá um investimento nas ações de levantamento, diagnóstico e registo de idosos em maior vulnerabilidade e um entendimento de que as abordagens multidisplinares e concertadas entres organizações resultam num acompanhamento mais eficaz e atento a todas as situações.  

Os níveis de longevidade têm vindo a aumentar, criando a necessidade de que o envelhecimento aconteça de forma ativa e saudável. Por outro lado, os ciclos de vida são cada vez mais diferenciados, o que origina uma população que envelhece de uma forma heterogénea. As redes de parcerias conceberam iniciativas para que a intervenção das organizações esteja preparada para lidar com esta previsível diversificação de perfis demográficos nas 3ª e 4ª idades, apostando em atividades de estimulação cognitiva, educação artística e literacia visual e também de estimulo à participação cívica e intergeracional, e com projetos dedicados à transição da vida ativa para a reforma. 

O domínio das novas tecnologias de comunicação ou melhor, sua ausência pode ser um importante factor de exclusão social. Aumenta o isolamento e solidão e contribui para uma quebra dos vínculos e direitos de cidadania. Durante a fase do confinamento, foi fundamental a comunicação pelas redes sociais, a realização de videochamadas enquanto forma de familiares e amigos se manterem em contacto mas também enquanto instrumento técnico para fazer terapias de estimulação e suporte psicológico. 

Muitos idosos não têm autonomia no uso de smartphones ou computadores: não sabem criar um email, utilizar aplicações para contactar a administração pública ou pagar contas através de homebanking. As redes de parceria estão dispostas a reverter esta realidade com a criação de iniciativas em que o foco é utilização de tecnologias, para complementar a intervenção realizada ao nivel das organizações e para aumentar a literacia digital dos idosos para que possam utiliza-las com autonomia. 

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27 de Julho de 2020
helenabonzinho