O Projeto Take.it foi o mais pontuado dos 38 projetos que concorreram ao financiamento do Programa Escolhas 8ª Geração, na Área Metropolitana de Lisboa. A renovação do financiamento permite que o Take.it continue a apostar nos projetos de vida de jovens que vivem em contextos socio económicos vulneráveis da freguesia Cascais Estoril.
Catarina Carvalho, técnica da Câmara Municipal de Cascais, refere que o foco da intervenção é proporcionar oportunidades para que os jovens se mantenham ocupados em atividades que contribuem para o seu desenvolvimento pessoal. As versões anteriores do Take.it apresentaram “bons resultados ao nível da integração profissional de alguns jovens”, minimizando o impacto que a desocupação e o desemprego juvenis têm nas famílias e nos territórios abrangidos pelo projeto.
O trabalho a desenvolver nos próximos 2 anos , nos eixos da empregabilidade e da intervenção comunitária vai ao encontro da avaliação das organizações parceiras que veem o Take.it como “uma resposta sedimentada nos territórios e uma boa prática de intervenção com jovens” sublinha Catarina Carvalho.
Vidas tocadas pelo Take.it
Claudino “Robz” Brito começou como jovem participante e hoje é técnico do projeto. Quando o Take.it chegou ao terreno em 2013, começou a frequentar o projeto desde o início mas de uma forma distanciada: “fui começando a aproximar-me e a ver que o Take.it ajudava as pessoas da comunidade”. Em territórios vulneráveis, a população residente assiste por vezes à entrada de projetos que depois com o fim dos financiamentos se retiram causando “alguma desconfiança”, frisa Robz.
Mas com o Take.it não foi isso que aconteceu. Não só o projeto foi conquistando mais jovens como passou a fazer uma diferença real na vida das pessoas. O Robz foi uma delas: “O Take.it mudou a minha vida”. Ganhou uma nova perspetiva sobre o percurso que queria fazer, “já tenho outra maneira de ver as coisas”. Era ainda participante quando foi convidado para ser dinamizador , por altura do 6ª Geração do Programa. A figura do dinamizador “é o jovem que reside no bairro e que faz a ponte entre a equipa do projeto com a comunidade”, assegurando que mais jovens são abrangidos. De dinamizador a técnico foi mais um passo. Robz vê este novo papel com uma responsabilidade acrescida pois sente que está a passar uma mensagem que pode inspirar outros jovens ” Se eu estou aqui , na próxima podes ser tu”.
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